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Roberto Acioli de Oliveira

Arquivos

3 de fev. de 2008

O Prólogo de Persona: O Enigma de Bergman? (II)


“Meu Deus, permita que eu esteja
vivo no momento de minha morte”

D. W. Winnicott
Psicanalista britânico


Elisabet Não Era Suicida

Embora o próprio Bergman tenha tentado pelo menos uma vez (na vida real), devemos lembrar que a médica de Elisabet afirmou que o mutismo da atriz não configurava um comportamento suicida ou pré-suicida. De alguma forma, Elisabet percebeu que uma saída para continuar a viver nesta sociedade que nos ensina e impõe a hipocrisia como modelo de normalidade seria abandonar a sociedade, mas não a vida. Não que seja simples viver à margem da sociedade, mas foi o que Elisabet conseguiu fazer. E foi o choque com o comportamento intempestivo de Alma, a partir de dado momento, que empurrou Elisabet de volta ao mundo da interação social. Por exemplo, quando Alma ameaça jogar água fervente em Elisabet – Ela grita: “não faça isso!” Portanto, Elisabet não pretendia nem se matar e nem induzir Alma a matá-la!

Elisabet não era suicida, ao contrário da personagem de Liv Ullman em Face A Face (Ansikte Mot Ansikte, 1976). A quantidade de vezes que Bergman tocou na questão da morte em seus filmes deixa explícitas duas questões existenciais: Quem sou eu? O que eu desejo? Um fatalismo pessimista do cineasta poderia ser atribuído à constatação de que geralmente deixarmos pelo menos uma dessas questões sem resposta.

Por outro lado, podemos dizer que Bergman abordou a questão do suicídio como uma alternativa razoável. Não que ele estivesse necessariamente engajado em defender este tipo de comportamento. É que a questão se encaixa na sua recusa em relação ao entendimento da vida a partir do ponto de vista da religião institucionalizada. A proibição do suicídio na cultura ocidental cristã se configura como mais um símbolo da posse de nós mesmos que nos foi negada. Mas não estou aqui defendendo o suicídio, não se trata disso. O problema é a absurda ingerência das instituições sociais (no caso, a Igreja) no âmago do ser – a ponto de impor a despersonalização. Elisabet não queria apenas trocar de máscara, ela queria sua vida de volta – queria retomar a posse de si.

O medo da punição após a morte talvez tenha sido o cimento que aprisionou, por um lado, Alma fora de si mesma e, por outro, empurrou Elisabet para dentro. Lembramos-nos então da seqüência de closes das duas mulheres no prólogo, entremeados pela aranha (símbolo do mal para Bergman), por um pênis em ereção e um menino que talvez represente tanto o filho rejeitado de Elisabet quanto o aborto de Alma. De repente, no isolamento daquela ilha, as duas talvez tenham conseguido se libertar de suas personas (pelo menos por algum tempo), as máscaras que a mesma sociedade que proibiu o suicídio lhes havia imposto. Sem dúvida, Elisabet já se havia libertado, mas aparentemente não tinha posto sua opção ao mutismo à prova numa situação tão direta quanto na relação com Alma. Problemática nova que surge para Elisabet, quando Alma muda de atitude em função da descoberta do conteúdo da carta da atriz. A raiva de Alma em relação à Elisabet seria também direcionada a uma sociedade que proíbe que decidamos sobre nossa própria morte, mas também sobre nossa própria vida.

Mesmo que possamos concluir que Elisabet era apenas o alter ego do cineasta, podemos considerar este filme de Bergman um elogio à mulher. Vivemos no mundo contemporâneo ocidental onde, apesar dos avanços do Feminismo, a mulher ainda gravita em torno da misoginia e do machismo patriarcal. Portanto Bergman poderia muito bem ter colocado tanto o silêncio de Elisabet quanto a incontinência verbal de Alma na boca de personagens masculinos. Entretanto, Bergman acredita que as mulheres são mais autênticas que os homens.

Como a tagarelice de uma e o mutismo de outra seriam um elogio? Sim, uma super mulher não seria um elogio ao feminino. Creio que não é uma questão de capacidade, seja de impor seus argumentos, seja de pureza. O elogio está em caracterizar o feminino como algo denso. Uma densidade, uma intensidade feminina – o que podemos discutir com o cineasta é se as mulheres nascem assim ou se devem ser capazes de perceber/construir essa densidade interior ao longo das experiências da vida. Na década em que o filme foi lançado, o Movimento Feminista ganhava as ruas do mundo, não por acaso Bergman põe nos ombros (no colo, no útero e na consciência) de duas mulheres uma grande questão: a possibilidade/necessidade da mentira enquanto uma “forma normal” de viver em sociedade seria, na verdade, justamente aquilo que nos aproxima da morte?

Nenhum Homem é Uma Ilha

"Instintivamente as pessoas têm sempre medo das emoções.
Na minha geração, no meu meio, educar não era formar um ser humano,
mas criar uma pequena marionete, destinada a existir e a andar numa sociedade
autoritária. Para que um menino não se comporte como uma menina é preciso
ser duro com ele e assim,
muito cedo, aprendemos a interpretar nossos papéis.
Por isso, seriamente, creio que é, que seria maravilhoso ensinar o ABC das
emoções. Com esse ABC eu tento trabalhar e atingir o D do abecedário,
mas nós somos todos analfabetos nesse campo"

Ingmar Bergman

O teatro e a linguagem são grandes mentirosos (e Elisabet recusou ambos), mas continuam sendo necessários (1). Este é o tema de Persona, onde Bergman mostra quanto estão misturadas e confundidas nossas personagens e nossas vidas interiores. Com aquelas imagens do interior do projetor cinematográfico, ou naquele momento do filme em que a película se queima ou rompe, Bergman nos lembra que o cinema também está a serviço da ilusão. No limite, a vida que o cinema retrata também poderia ser ilusória. Como parece evidenciar Elisabet Vogler, somos personagens, queiramos ou não. A própria linguagem nos induz ao erro. E a atriz vai ao extremo quando recusa a linguagem – ela parou de falar. Mas nossa cultura é logocêntrica, a palavra se constituiu em instrumento de poder, um dos desdobramentos disso é que falar (mesmo que seja conversa fiada ou mentira) passa a ser sinônimo de normalidade. Sendo autobiográficos praticamente todos os seus filmes, não é difícil concluir que o próprio Bergman vê no silêncio uma espécie de zona de conforto.

Numa entrevista quando do lançamento de Saraband (2003), talvez definitivamente o último filme do diretor, a atriz Liv Ullman afirma: “ ‘não creio que Ingmar pise novamente num set’, disse, revelando que no último dia de filmagem, os participantes do filme prepararam uma comemoração e Bergman alegou uma dor de cabeça e foi embora dizendo: ‘vejo vocês qualquer hora’. Para espanto dos jornalistas e do moderador Richard Peña, Ullmann simplesmente foi em frente e afirmou secamente: ‘ele foi embora para ilha dele e duvido que alguém o veja novamente’ “. Ela se refere à ilha de Fårö, na costa oeste da Suécia, onde Bergman tinha uma casa e que podemos ver como cenário de vários de seus filmes. Ele chama a si mesmo de o velho de Fårö, aí vive isolado e fascinado pelo silêncio que reina nessa natureza. “‘Às vezes não falo com ninguém o dia inteiro’, disse numa entrevista, quase celebrando o fato de viver sozinho no local, que para ele tem sido uma fonte de inspiração artística e que viu nascer o argumento de suas últimas películas”. Como disse Nelson Rodrigues, “a melhor maneira de você ser universal é não sair do seu bairro” (2).

Uma Vitória Sobre o Silêncio


Persona é o conhecimento, um terrível conhecimento sobre nossa solidão,
nossa singularidade. Nossa capacidade de tocar um ao outro. É uma confissão
dos nossos medos. Do homem, do fracasso, da morte. Persona é um drama sobre o desespero, o silêncio. Um terror indescritível da vida em todos os aspectos. É um drama sobre a sensibilidade da pele, dos rostos e das palavras não entendidas. Persona é uma ilusão estilhaçada. Uma vitória sobre o silêncio“

Texto do trailer de Persona

De que forma calar-se pode ser uma vitória sobre o silêncio? Um filme sobre máscaras ou, sobre o silêncio por baixo delas. Não estou me referindo AO silêncio, mas a ESSE silêncio. Nem todos que estão em silêncio o fazem (pelo mesmo motivo de Elisabet) como única resposta à pergunta de suas próprias máscaras (quem é você?). Seria possível sentir a verdadeira sensação de si? Seria possível sentir a si mesmo? Entrar em contato consigo abrindo mão de uma forma hipócrita de vida? Uma eventual impossibilidade em romper o silêncio do pensamento talvez não fique muito distante daquele silêncio de Deus, do qual Bergman também já nos falou – nos filmes que compõem a Trilogia do Silêncio, mas também em O Sétimo Selo (Det Sjunde Inseglet, 1958). Um filme sobre máscaras ou, mais um filme sobre o silêncio. O silêncio de quem nem mesmo sabe (ou se lembra) que existe por trás das máscaras que usa. Aprender a pensar. Não é uma questão de aprender uma tarefa. O ponto é encontrar o sentido de aprender a aprender.

Em livro recente, Don Fredericksen sugere a abordagem Junguiana como ferramenta para escavar os significados implícitos neste filme (3). Mas também não é difícil associar o desfile de imagens do prólogo ao automatismo psíquico, esse mecanismo do pensamento tão caro a surrealistas e dadaístas. A questão é perceber naquela seqüência uma forma de expressão do inconsciente humano. Sim, as imagens que ele escolheu podem ter relação com seus próprios temas e obsessões – ou com os temas e obsessões da humanidade da qual ele é fruto.

Notas:

1. BINH, N.T. Ingmar Bergman. Le Magicien du Nord. Paris: Gallimard, 1993. P. 81.
2. BRANDÃO, Carlos Augusto. O Adeus de Um Gênio. Críticos.com.br, 25/10/2004.[online] Disponível na Internet via WWW. URL:
http://www.criticos.com.br/new/artigos/critica_interna.asp?artigo=774
3. FREDERICKSEN, Don. Bergman’s Persona. Poland/Poznan: Adam Michiewicz University Press, 2005.

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