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Roberto Acioli de Oliveira

Arquivos

26 de jun. de 2010

Buñuel, o Blasfemador (final)


Adoro disfarces,
e isso
desde a infância.

Em Madri,
  às  vezes  me
disfarçava   de   padre  e  ia
passear   nas  ruas   –
   delito
passível  de  cinco  de   prisão.

Eu  também    me    disfarçava
de   operário.
   Lá no   bonde,
ninguém reparava em mim.

Via-se   claramente   que
eu   não   existia”


Luis Buñuel (1)



Lúcifer, os Ins
etos, o Espírito Santo e o Anjo

Em A Ilusão Viaja de Trem (La Ilusión Viaja em Tranvía, 1953), numa encenação teatral de rua, explica-se didaticamente porque a mulher é a culpada por termos sido expulsos do paraíso. Lúcifer, aliás, antes de caçar a pomba que representa o Espírito Santo, já chega ao palco enchendo a cara com bebida alcoólica – que, diga-se de passagem, apesar de ser uma droga altamente destrutiva, é legalizada no mundo inteiro. Julgado, o anjo Lúcifer é forçado a abandonar o Céu. Neste momento, perde suas asas e túnica branca de anjo e vira um demônio chifrudo bem ao gosto das pinturas medievais. Em seguida, ele dá uma maçã a Eva, que a oferece a Adão. (imagem acima, Lúcifer sugere que Eva pegue a maçã. Depois de algum tempo, ele se corrige, pois está apontando para algo como um melão ou melancia, A Ilusão Viaja de Trem; abaixo, à direita, cena de A Via Láctea. Nota-se que não é mais um homem que vai pregado na cruz. Mas como pode ser isso, não é a mulher a culpada de tudo?! Ou o verdadeiro calvário é casar-se com Cristo?)


“- Cristo nasceu

de   sua   mãe   sem
romper   sua   virgindade.
Compreendem   bem   isso?
- Sim,
como o pensamento jorra do
cérebro
sem partir a caixa craniana.
- Como um raio de sol atravessa

um vidro sem o quebrar!
- Muito bem”

A Via Láctea


A Via Láctea
(La Voie Lactée, 1969) já foi comparado ao estudo de um inseto: o homo christianus. Seus detalhes físicos, comportamento, heresias, a transubstanciação, a origem do mal, a natureza dual de Cristo, o livre arbítrio, a trindade e o nascimento da Virgem. Como Nazarin, este filme suscitou reações contraditórias. Uns disseram que era uma obra antirreligiosa. O escritor argentino Julio Cortázar (1914-1984) disse que o filme parecia ter sido financiado pelo Vaticano. Em A Via Láctea, lembrou Buñuel, Cristo é um homem comum, rindo, correndo, errando o caminho e até dispondo-se a se barbear (imagem abaixo, à direita). De acordo com Buñuel, na atualidade a religião católica parece dar mais importância à Cristo, relegando ao segundo plano o restante da Santíssima Trindade. “Só se fala dele”, reclamou o cineasta, “quanto ao desafortunado Espírito Santo, ninguém lhe dá pelota, e ele mendiga pelas esquinas” (2). Com relação às opiniões pró e contra sua abordagem em relação à religião na sua obra, Buñuel diria:

“Essas polêmicas falaciosas me deixam cada vez mais indiferente. Via Láctea a meu ver não era nem a favor disso, nem contra aquilo. Além das situações e dos conflitos doutrinários que o filme mostrava, ele me parecia ser acima de tudo um passeio pelo fanatismo em que todos se agarravam com força e intransigência à sua parcela de verdade, dispostos a matar ou morrer por ela. Assim, parecia-me que o caminho percorrido pelos dois peregrinos podia se aplicar a toda ideologia política ou mesmo artística” (3)

Em O Anjo Exterminador (El Ángel Exterminador, 1962), o anjo propriamente dito é uma presença na ausência. Na Bíblia, em Samuel II, capítulo 24, versículo 16, lê-se: “(...) quando o anjo estendeu a mão sobre Jerusalém, para destruí-la, o Senhor se arrependeu daquele mal; e disse ao anjo que fazia a destruição entre o povo: Basta, retira agora a tua mão (...)”. Após um jantar, sem razão aparente um grupo de aristocratas não consegue abandonar o local. A situação vai se deteriorando, desentendimentos e delírios alimentam um clima claustrofóbico e enigmático. Aqueles que estão do lado de fora também não conseguem entrar. Em certo momento surge a única alusão ao título, um dos convidados fala delirando: “Contente... não com o extermínio” (4). Uma das mulheres pede às amigas que segurem os pés de galinha que ela trouxe. Na Cabala, são como chaves, explica ela, que abrem as portas do desconhecido. Em Nazarin, alguém joga pés de galinha na panela enquanto Nazarin explica para Ándara por que nascemos (segundo ele, a pergunta mais fácil e também a mais misteriosa). De qualquer forma, a tentativa das aristocratas não dá certo. Ela diz que precisa de sangue inocente para fazer a coisa funcionar. Nesse instante, o sangue de um dos casais presentes (que havia se suicidado) escorre. Não dá certo. Outros convidados, Maçons, tentam resolver o problema pronunciando a “palavra impronunciável”. Também não dá certo.

A cena de O Anjo
Exte
rminador onde um
padre compra balões para
os filhos de um casal preso
na
casa seria uma citação
duma cena similar em O Vampiro
de Düsseldorf,
de Fritz Lang

Opinião de
C
harles Tesson (5)


Alguns cordeiros entram na sala onde o grupo está confinado. Famintos, eles irão comê-los. Um urso, que foi criado na casa, não entra na sala. Alguns convidados imaginam quem comeria quem, caso o animal entrasse. Numa crítica direta aos Jesuítas, o mordomo come pedaços de papel. Oferecendo para uma das convidadas espantadas, num longo elogio às qualidades alimentícias do papel, explica que quando estudou num colégio Jesuíta costumava comer em sala, quando as aulas o entediavam. Uma das convidadas pede que seu médico a acompanhe numa peregrinação à Lourdes e compre para ela uma Virgem lavável de plástico. Este foi um dos detalhes mais blasfemos apontados pela Igreja e pela crítica da época. Entretanto, trata-se de um objeto a venda no mercado de lembranças religiosas, tanto quanto o famoso crucifixo-canivete que vemos em Viridiana (6).(imagem acima, corpo exumado de um cardeal da igreja católica. Todos, no final, não passamos de carne, sangue e ossos?; abaixo, à direita, Buñuel insiste que seu Cristo deve ser um homem comum envolvido em tarefas como se barbear, e que até pode ser impedido por sua mãe, a Virgem Maria, que acha que ele fica melhor barbado, ambas as imagens são de A Via Láctea)


Ao contrário
de filmes anteriores,
em O Anjo Exterminador
Buñuel junta várias crenças
no  mesmo  lugar
.   Maçonaria, 
Cristianismo    e   Cabala   não conseguem encontrar a saída
do impasse
. No final, ficarão
pr
esos novamente, agora
numa igreja
(7)



Finalmente, através de uma reconstituição, até que entendessem quando tudo começou a dar errado, o grupo consegue mudar o próprio destino e sair da mansão. Na seqüência final, todos estão na igreja. A missa termina, mas ninguém sai. Não vamos acompanhá-los desta vez, mas sabemos que recomeçará a agonia. Do lado de fora, tiroteio e polícia. Na imagem final, um bando de cordeiros segue na direção da porta do templo. De acordo com Bráulio Tavares, com o tempo Buñuel abandonou o surrealismo puro, o automatismo, optando por uma espécie muito pessoal de realismo mágico. Utilizando colagem, acaso, improviso, inserção de elementos casuais e autobiográficos com pouca ou nenhuma relação com a estória contada, Buñuel criou muitos problemas para os críticos, que não sabiam como encaixá-lo em suas teorias (8). (imagem abaixo, à esquerda, dois caçadores andam pela floresta, um deles atira; no detalhe, podemos ver que não foi num pássaro que ele mirou, A Via Láctea)

Cristo Zomba de Sua Dor 



“A realidade,
sem imaginação
,
é   a   metade  da
realidade”


Luis Buñuel (9)





Ándara está convalescendo de seu ferimento no quarto de Nazarin quando percebe num pequeno quadro na parede o rosto sofrido de Cristo. Delirando, vê Cristo abrir uma grande gargalhada. Seria a risada de escárnio de um Cristo que acusa? Cristo zombando do sofrimento de uma prostituta? (10) O acaso ensinaria a um confuso Nazarin por que sua bondade não gera bondade. Como diria o próprio Buñuel, tanto faz crer ou não crer. Foi nesse sentido que o ladrão que defendeu Nazarin na cela da prisão concluiu pela irrelevância, tanto de sua maldade quanto da bondade de Nazarin. No mundo de Deus, acredita Buñuel, não há lugar para o acaso. Para o cineasta, o mundo é regido por um princípio de ambigüidade. Não existem verdades redentoras, soluções definitivas, nada que impeça o crescimento da dúvida (11). As interpretações dadas à Nazarin oscilam entre considerá-lo profundamente cristão ou tomá-lo como uma denúncia da ilusão da divindade, afirmando a realidade do homem. Buñuel discorda de ambas e retruca que qualquer um na situação de Nazarin seria contraditório (12). (imagem abaixo, à direita, alguém está tentando acender uma fogueira. Ao abrir sua bíblia, o padre Lizardi rasga uma folha para alimentar o fogo. Como a fogueira acendeu logo, ele guardou a folha rasgada, A Morte no Jardim)



Em A Morte No Jardim (1956), 
que  Ado Kyrou  considerou o
rascunho de Nazarin, o padre
Lizardi    acredita    ser    bom,
sem  perceber  que  no  fundo
representa  os  opressores  (13)





Crer e não crer na existência de Deus dá no mesmo! Assim concluía Buñuel, que não via sentido em decidir se o acaso domina a necessidade ou vice-versa. Se Deus de fato existe, isso não mudaria rigorosamente nada, enfatizou o cineasta espanhol. Buñuel não aceita que exista um Deus que o vigie, que se ocupe dele e que possa castigá-lo eternamente. “Deus não se ocupa de nós. Se existe, é como se não existisse. Raciocínio que resumi outrora nesta fórmula: ‘sou ateu, graças a Deus’. Uma fórmula contraditória apenas na aparência” (14). O ateísmo de Buñuel, como ele mesmo disse, aceita o inexplicável. Recusa uma divindade organizadora, nenhuma explicação vale para todos. Mas não quer dizer que Buñuel raciocina cientificamente. A ciência não o interessa, ela ignora tudo que importa para ele: o sonho, o acaso, o riso, o sentimento e a contradição. Mas Buñuel esclarece, não é sua a opinião do personagem de A Via Láctea que diz: “Meu ódio pela ciência e meu desprezo pela tecnologia acabarão por me levar a essa absurda crença em Deus”. De acordo com Buñuel, isso é até impossível. Ele escolheu viver no mistério:

“A fúria de compreender e, por conseguinte, de apequenar-se, mediocrizar-se – fui espezinhado a vida inteira com perguntas imbecis: por que isto? Por que aquilo? – é um dos infortúnios de nossa natureza. Se fôssemos capazes de entregar nosso destino ao acaso e aceitar sem angústia o mistério da vida, uma certa felicidade poderia estar próxima, bastante semelhante à inocência” (15)

“Em algum lugar entre o acaso e o mistério insinua-se a imaginação, liberdade plena do homem” (16). O problema da humanidade é a tentativa sempre renovada de extinguir essa liberdade. Por isso o cristianismo inventou o pecado por intenção. Buñuel, como muitos, reprimia imagens que vinham à sua mente (assassinar o irmão, transar com a mãe, etc.). A partir dos sessenta anos de idade, disse ele, compreendeu e aceitou a inocência de sua imaginação. Só então compreendeu que não se tratavam de pecados, que eram pensamentos que somente a ele diziam respeito. Aceitando tudo que viesse a sua mente, explicou Buñuel, as imagens (mesmo as mais complexas como incesto) o abandonavam, expulsas por sua indiferença. “Psiquiatras e analistas de todo tipo escreveram muito sobre meus filmes. Sou grato, mas nunca leio seus livros. Não me interessam”. (...) “Na minha idade, deixo que falem (...)” (17)

A Blasfêmia Está nos Olhos de Quem Vê? 

 
“Muitos anos
se passaram desde
A Idade do Ouro
, e
Buñuel não  é  mais anti-
clerical
. A grande calma do ateísmo total substituiu a atitude provocadora e
voluntariamente
escandalosa
(...)

Ado Kyrou (18)


Charles Tesson afirma que podemos distinguir três elementos no cinema de Buñuel: a blasfêmia, a profanação e o sacrilégio. A profanação seria a realidade do universo buñueliano, seu ato de nascimento. O sacrifício é menos significante e está inscrito num gesto proibido (Tesson cita o exemplo da coroa de espinhos jogada na fogueira, mas já sabemos que este exemplo, pelo menos na justificativa de Buñuel, nada tem de incoerente). O gesto blasfemo, ao contrário, constitui uma afronta ao simbolismo, aos fundamentos (19). (imagem acima, à esquerda, Simão suporta mais uma vez o assédio do diabo, Simão do Deserto, 1965; abaixo, à direita, os apetrechos de Viridiana: cruz, coroa de espinhos, pregos e martelo, Viridiana, 1961; no final do artigo, Simão continua sua luta)

“Gustavo Alatriste,
jovem milionário
, financia
um    homem    que    detesta
Hollywood
, visado pelo Vaticano
e  pela  Polícia  de  Franco
, que não
tem compromissos com ninguém: 
maldito  na  indústria,  Buñuel
esperou mais de trinta anos
 para conseguir liberdade
de   expressão”


Glauber Rocha (20)

Bráulio Tavares ressalta os poderosos mecanismos de condicionamento da educação cristã (os mandamentos, a confissão, o conceito de pecado mortal) e os desdobramentos no comportamento do cineasta. A blasfêmia, para um ex-aluno de colégio jesuíta, pode constituir um verdadeiro ato de libertação. Tavares destaca que Buñuel não se enquadrava na ideologia anticlerical de grande parte dos anarquistas espanhóis – espancamento de padres, incêndios em igrejas. “As blasfêmias de Buñuel”, afirma Tavares, “são uma espécie de maledicência terapêutica, onde o indivíduo procura, mais do que atingir o ofendido, demonstrar a si mesmo que o ‘outro’ não tem poder sobre ele, não manda mais em sua mente” (21). Uma espécie de independência mental de Buñuel em relação ao passado. Com a vantagem de prolongar sua juventude intelectual ao blasfemar em público, para milhões de espectadores. As blasfêmias, Tavares insiste, revelam a extensão dos conflitos emocionais provocados pela fé religiosa. Tavares relembra uma blasfêmia às avessas de Buñuel. Mas antes é preciso ressaltar o papel dos sonhos para um surrealista como Buñuel: “Eu disse um dia a um produtor mexicano, que não gostou nada da piada: ‘Se o filme estiver muito curto, eu acrescento um sonho’”. Noutra ocasião Buñuel afirmou: “Adoro sonhar, mesmo quando meus sonhos são pesadelos, o que é freqüente. Eles são sempre semeados de obstáculos, que conheço e reconheço. Mas isso é indiferente” (22). Não é o que parece, a julgar pela reação ao sonho com a “blasfêmia às avessas”:

“(...) Vejo subitamente a Virgem Maria, toda iluminada de doçura, as mãos estendidas para mim. Presença fortíssima, indiscutível. Ela me falava, a mim, descrente sinistro, com toda a ternura do mundo, aureolada por uma música de Schubert que eu ouvia com nitidez. Quis reconstituir essa imagem em A Via Láctea, mas ela ficou longe da força de convicção imediata que possuía em meu sonho. Ajoelhei-me, meus olhos encheram-se de lágrimas e de repente me senti arrebatado pela fé, uma fé vibrante e invencível. Quando acordei, precisei de dois ou três minutos para serenar. Eu continuava a repetir, no limiar do despertar: ‘Sim, sim, santa Virgem Maria, eu creio!’. Meu coração estava disparado. (...) Acrescento que esse sonho apresentava certo caráter erótico. Obviamente, esse erotismo permanecia nos castos limites do amor platônico. Será que se o sonho tivesse se estendido, essa castidade teria desaparecido para ceder lugar a um verdadeiro desejo? Não posso responder. Eu me sentia simplesmente capturado, comovido, extasiado. Sensação que experimentei inúmeras vezes ao longo da vida, e não apenas em sonho” (23)

O ateísmo de Buñuel não neutralizava seu interesse nos mistérios da fé. Mas ele nunca deixou de sugerir que a Igreja sempre os impunha à força (obedecer = ter fé). Qualquer expressão de uma idéia herética gerava uma advertência das autoridades eclesiásticas (24). Em O Fantasma da Liberdade (Le Fantôme de la Liberté, 1974), Buñuel investe contra a hipocrisia da Igreja ao colocar padres jogando pôquer, fumando e ingerindo bebida alcoólica. Embora saibamos que se pode dar uma resposta objetiva e acadêmica à questão, uma pergunta simples e objetiva que Buñuel fez a si mesmo ecoa como se a resposta estivesse além, para além. Ou, talvez, no além: “Por que esse horror ao sexo na religião católica?” (25)

Juan-Luis Buñuel
recorda uma brincadeira que
seu pai costumava fazer com a ajuda
de  Lorca  e  Dalí. No centro de Madri,
uma  amiga  deles se vestia de prostituta
e  entrava  no 
bonde. Na parada seguinte,
Lorca  ou  Dalí   vestido  de  padre,  entrava
também  e  começava  a  molestar  a  mulher.
Era   um   escândalo.   Na   terceira   parada,
Buñuel subia  no  bonde vestido de policial,
agarrava o padre, batia nele e gritava: Por
que  padres  sempre  estão  perseguindo
as  prostitutas?  O bonde todo ficava
chocado. Então os três desciam e
iam beber juntos num bar
(26)



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Este artigo é uma versão de A Religião no Cinema de Luis Buñuel, originalmente publicado na Revista dEsEnrEdoS, ano II, nº 6, 2010

Notas:

1. BUÑUEL, Luis. Meu Último Suspiro. Tradução de André Telles. Rio de Janeiro: Cosac Naify, 2009. P. 316.
2. Idem, p. 340.
3. Ibidem.
4. TAVARES, Bráulio. O Anjo Exterminador. Rio de Janeiro: Rocco, 2002. P. 43.
5. TESSON, Charles. Luis Buñuel. Paris: Éditions de l’Étoile/Cahiers du Cinema, 1995. P. 226.
6. TAVARES, Bráulio. Op. Cit., p. 51.
7. KYROU, Ado. Le Surrealisme au Cinema. Paris: Éditions Ramsay, 2005. P. 281.
8. TAVARES, Bráulio. Op. Cit., p. 170.
9. KROHN, Bill; DUNCAN, Paul (ed.). Luis Buñuel. Filmografia Completa. Köln: Taschen, 2005. P. 37.
10. HOLANDA, Samuel. Nazarin, Um Devorador Ambíguo de Sistemas In CAÑIZAL, Eduardo Peñuela (org.) Um Jato na Contramão: Buñuel no México. São Paulo: Editora Perspectiva, 1993. P. 92.
11. Idem, pp. 89 e 93.
12. Ibidem, p. 96.
13. KYROU, Ado. Op. Cit., p. 259.
14. BUÑUEL, Luis. Op. Cit., 2009. P. 246.
15. Idem.
16. Ibidem, p. 247.
17. Ibidem, pp. 247-8.
18. KYROU, Ado. Op. Cit., p. 259.
19. TESSON, Charles. Op. Cit., p.
288n13.
20. ROCHA, Glauber. O Século do Cinema. São Paulo: Cosac Naify, 2006. P. 184.
21. TAVARES, Bráulio. Op. Cit., pp. 79.
22. BUÑUEL, Luis. Op. Cit., 2009. P. 135.
23. Idem, p. 138.
24. KROHN, Bill; DUNCAN, Paul (ed.). Op. Cit., p. 154.
25. BUÑUEL, Luis. Op. Cit., 2009. P. 26.
26. FERNANDES, G. A Slice of Buñuel. Transflux Films, 2004. Documentário incluído nos extras do dvd lançado no Brasil pela Versátil Home Vídeo, contendo Um Cão Andaluz e A Idade do Ouro


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